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Posted by : Alunos controversos sábado, 31 de agosto de 2013

Jornalistas formados pela UFF voltam à universidade para debater sobre as recentes manifestações e o mercado de audiovisual

Controversas Audiovisuais, edição reduzida do evento, lotou a sala Paulo Freire, na Faculdade de Educação, no campus do Gragoatá. No encontro, realizado no dia 16 de julho, foram debatidos temas como os atuais protestos ocorridos no país, com ênfase na cobertura jornalística. Os convidados também contaram um pouco de suas experiências profissionais na área do audiovisual e falaram um pouco sobre o mercado de trabalho.

A professora de jornalismo da UFF, Sylvia Moretzsohn, mediou a mesa, formada pelos ex-alunos Che Oliveira (Repórter Especial da Band), Claufe Rodrigues (Editor e Repórter da GloboNews), Roberto Petti (Gerente de Formalização e Beneficiamento de Conteúdo da GNT) e Flávia Lobo Antunes (Repórter da Multirio).
Che Oliveira abriu a mesa mostrando imagens feitas durante a sua reportagem no último protesto em Niterói e contou como foi a cobertura. Che ressaltou que a imprensa se tornou alvo, nas últimas manifestações, o que dificultou o trabalho de cobertura. “Nas operações em morros e favelas, o alvo dos traficantes é o policial, dificilmente um jornalista está na mira deles. Já nos protestos, o jornalista passou a ser visto como inimigo dos manifestantes”, ressaltou. O repórter da Band acha que, apesar das pressões das chefias, no dia a dia das redações, há espaço para mostrar a realidade através das falas dos entrevistados, por exemplo.
Flávia Lobo discutiu a importância da checagem da informação antes que seja divulgada. Segundo a jornalista, tanto as mídias tradicionais como as alternativas costumam pecar na falta de apuração e muitas vezes divulgam dados enviados por colaboradores sem que as informações sejam confirmadas.
Flavia, que trabalhou anteriormente na rede de televisão católica Canção Nova, contou os problemas que enfrentava para abordar assuntos polêmicos para os católicos, como as campanhas pelo uso da camisinha. Ela disse que procurava maneiras de tocar em assuntos delicados sem agredir a linha editorial da emissora.
Em relação à linha editorial, os palestrantes falaram um pouco sobre as dificuldades e as rotinas do trabalho no audiovisual, sobre a questão do tempo na edição e a influência exercida na produção. Além disso, eles discutiram a questão do cerne da profissão e destacaram que o jornalismo não é uma prática utópica, mas sim realizada pela rotina das práticas de produção, que privilegia a informação e não o denuncismo. Por conta disso, é preciso ter cuidado com o tratamento dado à informação, que não é atribuído apenas à linha editorial do veículo.
Claufe Rodrigues, destacou o outro ponto da produção jornalística audiovisual: a cultura. Ele não cobriu as manifestações e se disse mais à vontade para falar sobre poesia. Para ele, os estudantes estão entrando no mercado muito despreparados e talvez isso se deva à saturação da área. Já Roberto Petti acredita que o mercado de trabalho será fortalecido nos próximos anos. Uma das áreas que vem ganhado espaço é a de produção de roteiros.

Ao final das palestras, os alunos participaram ativamente fazendo várias perguntas e colocações que enriqueceram o evento. 

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